sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Transplante de medula cura paciente com Aids



Um americano de 42 anos parece ter sido o primeiro caso de cura da Aids desde o início da epidemia que, só no ano passado, matou 1,8 milhão no mundo, segundo a OMS. Timothy Ray Brown, que além do HIV tinha leucemia, foi submetido a um transplante de medula óssea em 2007. Desde então, o americano não tem nenhum sinal de que um dia teve Aids.

“Mais de três anos após o transplante, o paciente não tem HIV no sangue e nem mesmo os anticorpos para o vírus. É como se ele nunca tivesse Aids”, explica o médico Érico Arruda, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia.



No transplante, realizado em 2007, Timothy recebeu células-tronco de um doador que tem uma mutação genética que o torna resistente ao vírus. Quando a medula implantada passou a funcionar e produzir as células sanguíneas no organismo de Timothy, ele passou a ter a mesma resistência ao HIV.

“As células de defesa do doador não tinham um receptor CCR5, que permite que o HIV entre nas células. Após o transplante, o paciente passou a ter a mesma condição. Mesmo sem tomar medicação contra o HIV, o vírus não voltou. É um sinal de que provavelmente ele está curado e isso pode apontar caminhos importantes”, diz Érico.

Assessor do Ministério da Saúde, Ronaldo Hallal diz que o caso do “paciente de Berilm”, como Timothy é conhecido, “sinaliza uma possibilidade futura, mas é preciso tempo” para assegurar que houve a cura. Cientistas estão otimistas, mas lembram que a técnica não pode ser usada em massa devido a dificuldades — como ter doadores compatíveis e imunes, além do risco do transplante.

Notícia levou esperança a pacientes soropositivos

A possibilidade de cura da Aids — ainda que sem prazo definido — aumentou as esperanças de portadores da doença. O ativista Cazu Barroz, que convive com o HIV há 21 anos, acredita que a experiência pode significar mais um avanço para que pesquisadores concentrem-se em encontrar não só a cura para o HIV, mas uma forma de minimizar os danos da doença.

“Li profundamente esse estudo e fiquei feliz com as conclusões, apesar de ainda serem necessários mais estudos. Esses avanços científicos fazem com que eu acredite que em 10 anos tenhamos medicamentos que possam, pelo menos, tornar a Aids uma doença crônica”.

A coordenadora do grupo Pela Vidda, Mara Moreira, comemorou a notícia, mas ressaltou que é preciso ter cautela.

“As pessoas não podem banalizar a doença, achar que tem cura e parar de se prevenir. Vemos esse anúncio dos cientistas com muita cautela. Por enquanto, a única arma eficiente e segura que temos é o preservativo. O resto ainda está em fase de estudos”, afirmou Mara.

Antirretrovirais diminuem em até 44% o risco de contaminação do HIV entre gays

Antirretrovirais diminuem em até 44% o risco de contaminação do HIV entre gays, diz pesquisa americana
por Redação MundoMais


Medicamento antirretroviral diminui em até 44% o risco de contágio ESTADOS UNIDOS – Pesquisa realizada pelo Instituto Nacional Americano de Alergias e Doenças Infecciosas (Niaid), mostra que o uso de antirretrovirais diminui em até 44% o risco de contaminação do vírus HIV entre os homens que fazem sexo com homens.

Publicado ontem, 23, no New England Journal of Medicine, o resultado do tratamento consiste na mistura de outros medicamentos (antirretrovirais) no tratamento. Desta forma, foram utilizadas as combinações do emtricitabine (200 mg) e do tenofovir (300 mg), formando o antirretroviral chamado Truvada.

Além do Truvada, os pesquisadores utilizaram um placebo (medicamento sem efeito) no estudo clínico que envolveu 2.499 homens. Entre eles, 29 eram transexuais masculinos, que não estavam infectados pelo HIV. Do total dos voluntários, cem deles se contaminaram com o vírus, pois não fizeram uso de preservativos.

Voluntários – Dos 1.251 que tomaram o Truvada via oral diariamente, 36 foram infectados. Já dos 1.248 voluntários que receberam placebo, 64 deles se infectaram. Segundo os pesquisadores Robert Gran, do Instituto Gladstyone de Virologia e Imunologia de San Francisco (EUA), e Javier Lama, este do Investigações Médicas em Saúde de Lima (Peru), os resultados demonstram uma redução de infecção em 43,8%.

Os voluntários eram do Brasil, África do Sul, Tailândia, Peru, Equador, e Estados Unidos, e tinham entre 18 e 67 anos. A pesquisa foi feita entre julho de 2007 e dezembro de 2009. Os pesquisadores informaram também que os efeitos colaterais são poucos no início da medicação e que os voluntários recebiam orientações sobre prevenção do HIV com uso de preservativos durante os 2,8 anos da pesquisa.

Nas mulheres – De acordo com os pesquisadores, os resultados são bastante animadores e mostram um avanço no combate ao HIV nos últimos 18 meses. Antes disso, há a vacina experimental usada na Tailândia, que diminuiu um pouco os riscos de infecção, e o uso de gel vaginal microbicida nas mulheres da África, que reduziu em 39% o contágio do vírus HIV.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Homossexualidade sob um contexto histórico social

Gente por favor leiam este texto e notem o que é verdadeiro conhecimento
A HOMOSSEXUALIDADE é uma ilha cercada de ignorância por todos os lados. Nesse sentido, não existe aspecto do comportamento humano que se lhe compare. Não há descrição de civilização alguma, de qualquer época, que não faça referência a mulheres e a homens homossexuais. Apesar de tal constatação, esse comportamento ainda é chamado de antinatural. Os que assim o julgam partem do princípio de que a natureza (leia-se Deus) criou os órgãos sexuais para a procriação; portanto, qualquer relacionamento que não envolva pênis e vagina vai contra ela (ou Ele).


Se partirmos de princípio tão frágil, como justificar a prática de sexo anal entre heterossexuais? E o sexo oral? E o beijo na boca? Deus não teria criado a boca para comer e a língua para articular palavras? Se a homossexualidade fosse apenas uma perversão humana, não seria encontrada em outros animais. Desde o início do século 20, no entanto, ela tem sido descrita em grande variedade de invertebrados e em vertebrados, como répteis, pássaros e mamíferos.


Em alguma fase da vida de virtualmente todas as espécies de pássaros, ocorrem interações homossexuais que, pelo menos entre os machos, ocasionalmente terminam em orgasmo e ejaculação. Comportamento homossexual foi documentado em fêmeas e machos de ao menos 71 espécies de mamíferos, incluindo ratos, camundongos, hamsters, cobaias, coelhos, porcos-espinhos, cães, gatos, cabritos, gado, porcos, antílopes, carneiros, macacos e até leões, os reis da selva.

A homossexualidade entre primatas não humanos está fartamente documentada na literatura científica. Já em 1914, Hamilton publicou no "Journal of Animal Behaviour" um estudo sobre as tendências sexuais em macacos e babuínos, no qual descreveu intercursos com contato vaginal entre as fêmeas e penetração anal entre os machos dessas espécies. Em 1917, Kempf relatou observações semelhantes. Masturbação mútua e penetração anal estão no repertório sexual de todos os primatas já estudados, inclusive bonobos e chimpanzés, nossos parentes mais próximos.

Considerar contra a natureza as práticas homossexuais da espécie humana é ignorar todo o conhecimento adquirido pelos etologistas em mais de um século de pesquisas. Os que se sentem pessoalmente ofendidos pela existência de homossexuais talvez imaginem que eles escolheram pertencer a essa minoria por mero capricho. Quer dizer, num belo dia, pensaram: eu poderia ser heterossexual, mas, como sou sem-vergonha, prefiro me relacionar com pessoas do mesmo sexo.

Não sejamos ridículos; quem escolheria a homossexualidade se pudesse ser como a maioria dominante? Se a vida já é dura para os heterossexuais, imagine para os outros. A sexualidade não admite opções, simplesmente se impõe. Podemos controlar nosso comportamento; o desejo, jamais. O desejo brota da alma humana, indomável como a água que despenca da cachoeira.

Mais antiga do que a roda, a homossexualidade é tão legítima e inevitável quanto à heterossexualidade. Reprimi-la é ato de violência que deve ser punido de forma exemplar, como alguns países o fazem com o racismo. Os que se sentem ultrajados pela presença de homossexuais que procurem no âmago das próprias inclinações sexuais as razões para justificar o ultraje. Ao contrário dos conturbados e inseguros, mulheres e homens em paz com a sexualidade pessoal aceitam a alheia com respeito e naturalidade.

Negar a pessoas do mesmo sexo permissão para viverem em uniões estáveis com os mesmos direitos das uniões heterossexuais é uma imposição abusiva que vai contra os princípios mais elementares de justiça social. Os pastores de almas que se opõem ao casamento entre homossexuais têm o direito de recomendar a seus rebanhos que não o façam, mas não podem ser nazistas a ponto de pretender impor sua vontade aos mais esclarecidos.

Afinal, caro leitor, a menos que suas noites sejam atormentadas por fantasias sexuais inconfessáveis, que diferença faz se a colega de escritório é apaixonada por uma mulher? Se o vizinho dorme com outro homem? Se, ao morrer, o apartamento dele será herdado por um sobrinho ou pelo companheiro com quem viveu por 30 anos?
Pelo Dr. Draúzio Varela

O EFEITO DO ÁLCOOL NA ANTISSEPSIA

O álcool para ter seu potencial melhor aproveitado na antissepsia precisa ter exatamente 30% de água e o álcool comum possui cerca...