quinta-feira, 4 de junho de 2015

Bebida alcoólica corta o efeito dos analgésicos? Veja mitos e verdades

 
 
Tomar analgésico e beber mais tarde corta o efeito do remédio. MITO: O álcool não interfere na ação dos analgésicos. O que ocorre é que, por ter um efeito diurético, o álcool faz o organismo excretar mais rapidamente os medicamentos. O efeito parece reduzido porque o organismo já eliminou o medicamento. "O uso de bebida alcoólica intervém no processamento hepático, o que pode acelerar o metabolismo dos analgésicos e assim interferir diretamente no tempo de duração desses fármacos. Porém não se pode dizer que corta o efeito", explica o médico anestesiologista Erick Curi.
 
Tratar dores de cabeça e musculares com analgésicos é uma prática comum, uma vez que para adquirir os do tipo não narcótico (dipirona, paracetamol e ácido acetilsalicílico) não é preciso ter receita, mas os médicos alertam para os perigos da ingestão descontrolada destes medicamentos, que pode causar doenças e até matar.
 
Segundo especialistas ouvidos pelo UOL, tomar analgésicos constantemente pode causar lesões no fígado e nos rins, além do risco de provocar gastrite, úlcera ou mesmo uma hepatite medicamentosa. "Todo mundo generaliza que grávidas podem tomar paracetamol à vontade. Mas nenhuma pessoa de qualquer idade deve usar analgésicos de forma regular", diz o neurologista Abouch Krymchantowski, diretor do Centro de Avaliação e Tratamento da Dor de Cabeça do Rio de Janeiro.
 
Algumas pessoas acreditam que as bebidas alcoólicas cortam o efeito dos medicamentos, no entanto o álcool não interfere na ação dos remédios. O que ocorre é que, por ter um efeito diurético, o álcool faz o organismo excretar mais rapidamente os analgésicos, interferindo na duração da ação desses fármacos.
 
Outro mito sobre a combinação de bebidas alcoólicas e analgésicos é que a mistura causaria um efeito semelhante ao uso de entorpecentes. "O álcool tem uma potente ação sobre o nosso sistema nervoso. A ingestão de bebidas alcoólicas altera a percepção do indivíduo a vários estímulos, entre eles o estímulo doloroso. Assim, ocorre uma falsa impressão de potencialização do efeito dos analgésicos", afirma o médico anestesiologista Erick Curi, diretor administrativo da Sociedade Brasileira de Anestesiologia.
 
A cafeína, um estimulante do sistema nervoso, está presente em diversos analgésicos por contribuir para a melhora das dores de cabeça, mas a ingestão dos medicamentos não é recomendada com uma xícara de café. "O excesso de cafeína no organismo pode provocar taquicardia e até uma piora da dor", afirma a neurologista Carla Jevoux, membro da Sociedade Brasileira de Cefaleia.
 
Segundo a neurologista, o uso de analgésicos para tratar dores de cabeça constantes pode torná-las ainda piores. A médica explica que o aumento dessas substâncias faz com que o corpo fique mais vulnerável aos estímulos que provocam dores, como o abuso de luminosidade ou a falta de sono. Como resultado, o paciente pode adquirir uma doença chamada "cefaleia por excesso de medicação", diz a médica.
Por: Bia Souza.

Por que temos mais pelos em certas partes do corpo?

 

A pergunta já deixou muito cientista de cabelo em pé: por que nos seres humanos, ao longo da evolução, a maior parte dos pelos do corpo permaneceu em certos lugares, como cabeça, tórax (no caso dos homens), axilas e partes íntimas?
 
"O crescimento capilar nos humanos é reduzido, comparado com o de outros mamíferos, de tal forma que somos chamados de macacos nus'", comenta a dermatologista Tatiana Steiner, assessora do departamento de cabelos e unhas da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Como e quando, exatamente, nossos ancestrais começaram a perder pelos em certas partes do corpo ainda é algo em estudo. Mas, segundo as teorias mais recentes dos biólogos evolucionistas, o principal culpado foi uma forte mudança climática, há cerca de 3 milhões de anos.
 
No livro "Apes and Human Evolution" (Macacos e evolução humana, em tradução livre), lançado no ano passado (ainda sem lançamento no Brasil), o professor de antropologia Russell Tuttle, da Universidade de Chicago (EUA), conta que o resfriamento global secou as florestas da África Central, onde viviam os primeiros hominídeos, transformando tudo em grandes pastagens. A penugem farta, que servia de proteção para coletar frutas, sementes e tubérculos no meio de troncos e árvores, deixou de ter serventia.
 
Além disso, no calor da savana, sair para caçar com todos aqueles pelos passou a se tornar um fardo. Só quem tinha uma cobertura menor conseguia ir atrás de carne durante o dia, enquanto outros predadores descansavam na sombra.
 
Sem se aprofundar nas teorias evolucionistas, a dermatologista concorda que o crescimento capilar tem importante função na termorregulação. Em outras palavras, corpos "despelados" que suam são mais eficientes para deixar o calor sair do que animais com pelos fartos, que não usam roupas. Então por que certas partes continuaram cabeludas no ser humano?
"O cabelo também funciona como uma barreira física (protetora) e tem participação na comunicação sexual e social", explica Steiner. Ou seja: os cílios protegem os olhos de boa parte da poeira, enquanto as sobrancelhas contêm o suor que escorre pela testa e o cabelo oferece certa proteção contra a incidência direta do sol.
 
E os malditos pelos que teimam em crescer nas axilas, no tórax e na virilha, fazendo tanta gente (inclusive homens) recorrerem à lâmina, cera ou laser? É onde o sexo entra na história. "O aparecimento dos pelos pubianos e nas axilas são sinais da puberdade em ambos os sexos, e as glândulas anexas produzem secreção e odor específico relacionados com a resposta sexual", diz a dermatologista.
 
No caso da região genital, também existe a hipótese de que os pelos grossos tenham função protetora -- daí muita gente questionar se é bom, para as mulheres, deixar a região exposta. "É possível que, evolutivamente, com a tendência de as mulheres realizarem a depilação cada vez mais constante e de forma ampla, que esses pelos tendam a diminuir", imagina a médica, enfatizando que se trata apenas de uma suposição. 

Em quase todo lugar

Os fios (pelos e cabelos) são derivados proteicos de folículos distribuídos por quase toda a superfície do corpo. Eles podem ser minúsculos e finos (lanugos) ou grossos e fortes (terminais), dependendo do local e da função.
 
No ser humano, as únicas partes sem pelos são as palmas das mãos, as plantas dos pés, os lábios, a glande e a haste do pênis, os leitos das unhas e as áreas laterais dos dedos das mãos e dos pés.
A ausência de pelos nessas partes do corpo provavelmente tem origem evolutiva --  o atrito constante provavelmente fez com que os folículos fossem sumindo nessas regiões --, embora não haja relatos científicos que discutam o assunto com muita profundidade.

Hormônios

Os hormônios andrógenos são os principais responsáveis pela regulação do crescimento capilar, embora outros, como o da tireoide e a prolactina, também tenham seu papel. É por isso que homens têm mais pelos, assim como mulheres com alterações na produção de hormônios.
"Em geral, em termos individuais, o número e a distribuição dos folículos pilosos são determinados geneticamente", relata a dermatologista Tatiana Steiner. Vale ressaltar que o homem possui uma pele mais grossa, oleosa e densa.
 
A embriogênese (processo pelo qual o embrião é formado e se desenvolve) é que determina o número total de folículos pilosos em cada indivíduo ao longo de sua vida. Em média, cada ser humano possui cerca de 2 milhões deles. "Uma falha pode levar a uma densidade anormalmente baixa na formação dos folículos pilosos de forma geral ou em regiões específicas do corpo", avisa Steiner.
No couro cabeludo, a quantidade de folículos pilosos é de cerca de 100 mil a 150 mil fios, que seguem um ciclo de renovação no qual aproximadamente de 70 a cem fios caiam por dia para mais tarde darem origem a novos pelos.
 
Número estimado de folículos pilosos na pele por região do corpo:

Couro cabeludo: 1 milhão
Tronco: 425 mil
Braços: 220 mil
Pernas: 370 mil
Total aproximado: 2 milhões
Esse ciclo de renovação apresenta três fases: a anágena (ou fase de crescimento), que dura cerca de dois a cinco anos; a catágena (fase de interrupção do crescimento), que dura cerca de três semanas; e a telógena (de queda), que dura cerca de três a quatro meses.
 
Se genes e hormônios determinam o surgimento e os ciclos dos fios, também são esses os dois principais fatores que predispõem os indivíduos -- em especial do sexo masculino -- à calvície. Entretanto alguns vícios típicos dos humanos modernos, como estresse, falta de sono e excesso de produtos químicos, vieram agravar o problema. E, enquanto uns sofrem com pelos em excesso no rosto ou na virilha, outros fariam qualquer coisa para não ter o couro cabeludo tão exposto.
 

terça-feira, 2 de junho de 2015

Viagra endurece células com ovos de Malária.



viagra
 
Caso essa informação seja útil, anota aí: Viagra tem outros benefícios que não sexuais, o remédio também pode ajudar na prevenção contra malária.
Antes de contar sobre a descoberta, vale lembrar como funciona o ciclo desses parasitas. Primeiro, a fêmea infectada deposita os ovos na corrente sanguínea humana. O baço filtra o sangue, mas deixa passar os glóbulos vermelhos que carregam os ovos. Quando amadurecem, os parasitas migram para o fígado. É nessa fase que os sintomas da doença começam a aparecer. Se outro mosquito picar alguém infectado, ele também vai contrair os ovos e repassá-los às próximas vítimas.
O que os cientistas da Universidade Paris Descartes e da Escola de Londres de Higiene e Medicina Tropical descobriram é que o Viagra consegue por fim a este ciclo. Eles simularam no laboratório a ação de um baço humano infectado. Ao receber doses de Viagra, os glóbulos vermelhos com os ovos de malária começaram a endurecer. E isso impede novos mosquitos de sugarem essas células duras – e cheias de futuros parasitas da doença.
Moral da história: Viagra funciona mesmo. Endurece até células com ovos de malária. He he
 
 
Por:        
 

domingo, 26 de abril de 2015

Cientistas chineses editaram DNA de embriões humanos. Não deu certo.

Cientistas chineses editaram DNA de embriões humanos. Não deu certo.


Assim como na história de Mary Shelley, o propósito era nobre. A equipe liderada por Junjiu Huang, da Universidade Sun Yat-Sen em Guangzhou queria consertar um gene defeituoso, causador da talassemia beta, uma forma potencialmente letal de anemia. Usando a enzima CRISPR/Cas9, que já havia sido testada em ratos, eles tentaram substituir o trecho defeituoso – o gene HBB – por um saudável.
Os chineses usaram embriões descartados por clínicas de fertilidade. Por questões éticas, foram escolhidos apenas embriões inviáveis, com um par a mais de cromossomos, formados por uma fecundação acidental por dois espermatozoides. Eles são capazes de começar a se desenvolver, mas, se implantados, acabariam abortados naturalmente, antes de produzir qualquer coisa que lembre um feto humano.
Se você está achando tétrico, ainda não ouviu sobre os resultados. A equipe de Huang injetou 86 desses embriões com a CRISPR/Cas9. 71 sobreviveram, dois quais 54 foram testados geneticamente. Desses, apenas 28 tiveram seus genes modificados. Quase nenhum acabou com a sequencia correta – ao invés disso, mutações aleatórias ocorreram na maioria dos casos. Os embriões foram então descartados.
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Oficialmente descartados

Huang tentou publicar seus resultados nas publicações acadêmicas Nature e Science. Foi rejeitado por ambos, por razões éticas. Por ora, ele disse ter parado. “Se você quer fazer isso em embriões normais, precisa estar próximo de 100% [de sucesso]”, afirmou, em entrevista ao site da Nature. “Por isso paramos. Achamos que [a pesquisa] ainda está muito imatura”. Ainda segundo a Nature, existem quatro outros grupos de cientistas chineses fazendo o mesmo tipo de pesquisa.

Por: Fabio Marton.

http://super.abril.com.br/blogs/supernovas/2015/04/24/cientistas-chineses-editaram-dna-de-embrioes-humanos-nao-deu-certo/

O EFEITO DO ÁLCOOL NA ANTISSEPSIA

O álcool para ter seu potencial melhor aproveitado na antissepsia precisa ter exatamente 30% de água e o álcool comum possui cerca...