quinta-feira, 31 de maio de 2018

O ser humano e sua relação com o meio: Harmônica ou Desarmônica?




Na ordem de classificação biológica, temos Bactérias, Protistas, Fungos, Plantas e o Homem, além dos Vírus. Todos estes surgiram segundo a teoria da Evolução e se relacionam com o meio, segundo os estudos da ecologia. O que, no geral, é bem fácil de entender e até justificar. Pois, ainda segundo a ecologia, que explica as relações entre estes organismos vivos, todos eles mantem relações que podem ser harmônicas ou desarmônicas de acordo com três importantes necessidades básicas comum: abrigo, alimento e perpetuação da espécie.

Esta forma de cada um dos reinos se relacionar com o meio está bem ligada com as necessidades de garantir sua sobrevivência. E, assim, poder manter seus descendentes em seu contínuo processo de evolução. Isso fica bem claro quando observamos a forma que cada um destes organismos realiza estas atividades em muitas vezes de maneira irracional.

Isto fica vidente quando um reino como o Monera, bactérias, realiza processos metabólicos em meio Aeróbio ou Anaeróbio, afim de garantir que seus descendentes possam tirar os recursos para que estas se alimentem, multipliquem e continuem sua existência. Mesmo com situações que nem sempre são favoráveis, elas se aproveitam de tudo que o ambiente pode lhes oferecer e, em muitos casos, isso lhes possibilita perdurarem sua existência sobre a condição de hora fazer bem ou mal. Vale a pena mencionar que isso ocorre de forma irracional por mero instinto natural de sobrevivência.

Já em relação ao reino Protista, protozoários, seguem uma linha semelhante às bactérias em sua jornada. Os seus representantes também usam recursos do meio: água, terra, ou outros organismos vivos, como trampolim para o seu objetivo, que é garantir as três necessidades básicas comum a todos os seres vivos. Estes também encontram o paradoxo de fazer o bem ou o mal.

Assim como os reinos que o precede, o Reino Fungi, fungos, mantém as características de enveredar por um caminho bem definido de se manter em existência. Usando dos meios que o planeta lhes possibilita, estes também buscam assegurar, tanto a si como aos seus descendentes, todos os recursos que possam ser usados para que estes se perpetuem. Ainda podemos mencionar, que embora possam trazer benefícios ou malefícios, estes o fazem inconscientemente.

Nessa mesma ideia, o penúltimo reino Plantae, vegetal, que dispõe de uma vasta variedade de representantes, e que é considerado um dos mais importantes para a vida humana, também têm seus meios para lhes garantir existência. Isso, por se fazer valer de adaptações que vão desde folhas adaptadas a espinhos, perfumes, venenos e raízes profundas. Todas estas ferramentas têm o objetivo de assegurar que seus descendentes permanecerão mesmo diante das adversidades que possam encontrar.

Ainda podemos citar os Vírus, seres considerados acelular, pois estes não dispõem de material genético próprio. E, por isso, só se reproduzem ao parasitar células. Em relação a estes, normalmente são vistos como causadores de problemas. Assim, são muito estudados e temidos devido sua capacidade de parasitar qualquer organismo vivo. Esta característica lhes rende a posição de maior vilão entre todos os organismos da terra. Vale a pena mencionar, que apesar de os Vírus serem organismos com um alto grau de capacidade de gerar problemas, eles seguem também o tão sonhado objetivo primário de todos os outros quatro reinos mencionados: a busca por abrigo, alimento e perpetuação da espécie.

No entanto, quando tratamos do Reino Animalia, animais, que diferentes de todos os cincos grupos citados, por ser o único provido de uma capacidade que o diferencia dos demais, a de fazer planos. Isso, embora o qualifique como o reino mais evoluído de todos, também levanta outras questões que fogem da razão.

Até agora todos os seres supramencionados se valiam de sua intuição natural afim de adquirir suas necessidades. Mas, o Reino que possui o tão evoluído Homo sapiens, que se vale da capacidade de raciocínio, põe em cheque todo o seu diferencial em relação aos outros reinos. Este fato fica claro e podemos lançar luz sobre ele, ao considerar que um grupo, tido como o mais destacado e que em muitos casos subjuga os outros organismos ao seu bel prazer, seja tão limitado ao mero egoísmo.

Esta característica vai além das citadas necessidades biológicas: comer, ter abrigo e perpetuar a espécie. Pois, enquanto todos os seres vivos da terra estão limitados a estas carências, o organismo humano, contrariando a natureza e se valendo de sua diferencial capacidade de fazer planos, o faz de forma exacerbada. Vale a pena ressaltar que isso deveria ser visto como uma dádiva. No entanto, devido ao uso equivocado desta capacidade, acaba se tornando uma maldição.

Por isso, de todos os seres bióticos do nosso planeta, o homem é o único, que se valendo de poder fazer planos, o faz de forma quase sempre contrária ao que lhe deveria ser esperado. Destas características, podemos citar que o homem deveria realizar com o meio, tanto biótico quanto abiótico, uma relação ecológica tanto intraespecífica quanto interespecífica harmônica.

Mas, o que se vê foge de tudo que era esperado para este tão importante grupo de seres vivos e o meio circundante. É notável isso ao observar a relação com os outros reinos, Monera, Protista, Fungi e Animal. Embora, não seja o esperado, acaba sendo tolerado. Isso pois, estas relações nem sempre podem ser harmônicas. No entanto, quando se trata de seres de mesma espécie, que deveriam viver em sociedade, como é o caso do ser humano, não é de se esperar que as relações despertem o pior desta espécie.

Infelizmente, isso é o que se vê quase sempre das mais variadas formas. Estas podem ocorrer desde uma simples discussão de casal e podem ir até aos tribunais. Mas, ainda não chegamos ao fundo do poço desta relação. O ser humano acaba por enveredar disputas que vão além. Ou seja, não fica apenas em disputas por direitos ou necessidades materiais fisiológicas. E, como se todos os litígios não fossem suficientes, estes não se limitam e buscam cada vez mais. O que em muitos casos acaba por tentar fazer de tudo para causar problemas ao seu semelhante afim de lhe tomar algo que este possa ter e que o mesmo ache que deveria ser seu.

Baseado nessa pequena reflexão, podemos considerar, que de todos os seres vivos do nosso planeta, o homem é o mais perigoso. Talvez alguém possa discordar, mas quando fazemos uma avaliação na forma de se relacionar do homem com o meio, seja ele biótico ou não, o que vemos é só destruição e egoísmo. Quando na verdade, a relação esperada seguindo o natural de todos os seres vivos seria viver em harmonia. Se não como todos os organismos da terra, pelo menos com os seus iguais.

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