Na ordem de classificação biológica, temos
Bactérias, Protistas, Fungos, Plantas e o Homem, além dos Vírus. Todos estes
surgiram segundo a teoria da Evolução e se relacionam com o meio, segundo os
estudos da ecologia. O que, no geral, é bem fácil de entender e até justificar.
Pois, ainda segundo a ecologia, que explica as relações entre estes organismos
vivos, todos eles mantem relações que podem ser harmônicas ou desarmônicas de
acordo com três importantes necessidades básicas comum: abrigo, alimento e
perpetuação da espécie.
Esta forma de cada um dos reinos se
relacionar com o meio está bem ligada com as necessidades de garantir sua
sobrevivência. E, assim, poder manter seus descendentes em seu contínuo
processo de evolução. Isso fica bem claro quando observamos a forma que cada um
destes organismos realiza estas atividades em muitas vezes de maneira irracional.
Isto fica vidente quando um reino como o
Monera, bactérias, realiza processos metabólicos em meio Aeróbio ou Anaeróbio,
afim de garantir que seus descendentes possam tirar os recursos para que estas
se alimentem, multipliquem e continuem sua existência. Mesmo com situações que
nem sempre são favoráveis, elas se aproveitam de tudo que o ambiente pode lhes
oferecer e, em muitos casos, isso lhes possibilita perdurarem sua existência
sobre a condição de hora fazer bem ou mal. Vale a pena mencionar que isso
ocorre de forma irracional por mero instinto natural de sobrevivência.
Já em relação ao reino Protista,
protozoários, seguem uma linha semelhante às bactérias em sua jornada. Os seus
representantes também usam recursos do meio: água, terra, ou outros organismos
vivos, como trampolim para o seu objetivo, que é garantir as três necessidades
básicas comum a todos os seres vivos. Estes também encontram o paradoxo de
fazer o bem ou o mal.
Assim como os reinos que o precede, o
Reino Fungi, fungos, mantém as características de enveredar por um caminho bem
definido de se manter em existência. Usando dos meios que o planeta lhes
possibilita, estes também buscam assegurar, tanto a si como aos seus
descendentes, todos os recursos que possam ser usados para que estes se perpetuem.
Ainda podemos mencionar, que embora possam trazer benefícios ou malefícios,
estes o fazem inconscientemente.
Nessa mesma ideia, o penúltimo reino
Plantae, vegetal, que dispõe de uma vasta variedade de representantes, e que é
considerado um dos mais importantes para a vida humana, também têm seus meios
para lhes garantir existência. Isso, por se fazer valer de adaptações que vão
desde folhas adaptadas a espinhos, perfumes, venenos e raízes profundas. Todas
estas ferramentas têm o objetivo de assegurar que seus descendentes
permanecerão mesmo diante das adversidades que possam encontrar.
Ainda podemos citar os Vírus, seres considerados
acelular, pois estes não dispõem de material genético próprio. E, por isso, só
se reproduzem ao parasitar células. Em relação a estes, normalmente são vistos
como causadores de problemas. Assim, são muito estudados e temidos devido sua
capacidade de parasitar qualquer organismo vivo. Esta característica lhes rende
a posição de maior vilão entre todos os organismos da terra. Vale a pena
mencionar, que apesar de os Vírus serem organismos com um alto grau de capacidade
de gerar problemas, eles seguem também o tão sonhado objetivo primário de todos
os outros quatro reinos mencionados: a busca por abrigo, alimento e perpetuação
da espécie.
No entanto, quando tratamos do Reino
Animalia, animais, que diferentes de todos os cincos grupos citados, por ser o
único provido de uma capacidade que o diferencia dos demais, a de fazer planos.
Isso, embora o qualifique como o reino mais evoluído de todos, também levanta
outras questões que fogem da razão.
Até agora todos os seres supramencionados
se valiam de sua intuição natural afim de adquirir suas necessidades. Mas, o
Reino que possui o tão evoluído Homo sapiens,
que se vale da capacidade de raciocínio, põe em cheque todo o seu diferencial
em relação aos outros reinos. Este fato fica claro e podemos lançar luz sobre
ele, ao considerar que um grupo, tido como o mais destacado e que em muitos
casos subjuga os outros organismos ao seu bel prazer, seja tão limitado ao mero
egoísmo.
Esta característica vai além das citadas
necessidades biológicas: comer, ter abrigo e perpetuar a espécie. Pois, enquanto
todos os seres vivos da terra estão limitados a estas carências, o organismo
humano, contrariando a natureza e se valendo de sua diferencial capacidade de
fazer planos, o faz de forma exacerbada. Vale a pena ressaltar que isso deveria
ser visto como uma dádiva. No entanto, devido ao uso equivocado desta
capacidade, acaba se tornando uma maldição.
Por isso, de todos os seres bióticos do
nosso planeta, o homem é o único, que se valendo de poder fazer planos, o faz
de forma quase sempre contrária ao que lhe deveria ser esperado. Destas
características, podemos citar que o homem deveria realizar com o meio, tanto
biótico quanto abiótico, uma relação ecológica tanto intraespecífica quanto
interespecífica harmônica.
Mas, o que se vê foge de tudo que era
esperado para este tão importante grupo de seres vivos e o meio circundante. É
notável isso ao observar a relação com os outros reinos, Monera, Protista,
Fungi e Animal. Embora, não seja o esperado, acaba sendo tolerado. Isso pois,
estas relações nem sempre podem ser harmônicas. No entanto, quando se trata de
seres de mesma espécie, que deveriam viver em sociedade, como é o caso do ser
humano, não é de se esperar que as relações despertem o pior desta espécie.
Infelizmente, isso é o que se vê quase
sempre das mais variadas formas. Estas podem ocorrer desde uma simples discussão
de casal e podem ir até aos tribunais. Mas, ainda não chegamos ao fundo do poço
desta relação. O ser humano acaba por enveredar disputas que vão além. Ou seja,
não fica apenas em disputas por direitos ou necessidades materiais
fisiológicas. E, como se todos os litígios não fossem suficientes, estes não se
limitam e buscam cada vez mais. O que em muitos casos acaba por tentar fazer de
tudo para causar problemas ao seu semelhante afim de lhe tomar algo que este
possa ter e que o mesmo ache que deveria ser seu.
Baseado nessa pequena reflexão, podemos considerar, que de todos os
seres vivos do nosso planeta, o homem é o mais perigoso. Talvez alguém possa
discordar, mas quando fazemos uma avaliação na forma de se relacionar do homem
com o meio, seja ele biótico ou não, o que vemos é só destruição e egoísmo.
Quando na verdade, a relação esperada seguindo o natural de todos os seres vivos
seria viver em harmonia. Se não como todos os organismos da terra, pelo menos
com os seus iguais.
Autor: Viva e salve vidas!
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